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CIM: Open Insurance deverá beneficiar os segurados e as insurtechs

A 10ª reunião de 2022 da Comissão de Inteligência de Mercado da CNseg (CIM), realizada remotamente no final de outubro, contou com a apresentação de estudo sobre o mercado do Open Insurance, seus desafios, oportunidades e estratégias, tendo sido produzido e apresentado por Gustavo Leança, da consultoria Capgemini, e pelo consultor independente Francisco Galiza.  

O estudo, publicado originalmente em 2 em junho deste ano, contou com uma pesquisa junto a executivos do setor, realizada entre fevereiro e março de 2022, tendo como objetivo criar indicadores de mercado sobre o sistema, que poderiam ser frequentemente atualizados.

Por ser um assunto global recente, o Open Insurance ainda gera muitas dúvidas nas empresas do setor sobre seu funcionamento e impactos. Na opinião dos entrevistados, entre representantes de seguradoras, resseguradoras, insurtechs e corretoras, ele será realmente importante para o mercado brasileiro, mas os impactos mais profundos só serão sentidos a partir de 2024, gerando novos produtos, novos players e maior diversificação na distribuição. Entre os maiores desafios, foram citados a necessidade de uma melhor preparação tecnológica e uma melhor comunicação com a sociedade, a estruturação das estratégias, as questões regulatórias, a atenção ao uso dos dados dos segurados e a interoperabilidade com o Open Finance.

Os entrevistados acreditam que os seguros de menor complexidade e de modelos de comercialização simplificados serão os mais positivamente afetados, principalmente nos ramos de Vida, Automóvel e Massificados, com o aumento da diversificação de ofertas e da concorrência, influenciando as receitas, margens e fidelidade às marcas. Já em relação ao ramo de Grandes Riscos, afirmou Galiza, existe na bibliografia internacional o consenso de que não será impactado. “Ninguém vai adquirir um seguro para uma plataforma de petróleo por meio do Open Insurance”, afirmou.

Os executivos acreditam que o Open Insurance será muito benéfico para os segurados, bem como para as insurtechs e demais empresas de tecnologias que atuam no setor. Já em relação aos corretores, não estão tão otimistas. Entretanto, com as alterações no sistema produzidas pela Resolução CNSP 450, publicada neste mês de outubro, essa percepção pode ter se alterado, o que será identificado em nova rodada da pesquisa.

O tema seguinte da pauta da reunião da CIM foi um relato sobre o andamento da pesquisa que está sendo realizada na própria Comissão sobre a composição das áreas de Inteligência de Mercado nas seguradoras.  A pesquisa pretende identificar como essa área de análise de dados e inteligência analítica é estruturada nas empresas, seus principais desafios e se utilizam serviços de consultoria. Posteriormente, quando a pesquisa atingir um número de respostas satisfatório, explicou Priscila Aguiar, coordenadora da CIM, a intenção é produzir um artigo a respeito. (Fonte: Portal CNseg)

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