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Com as mudanças causadas pela pandemia, a percepção da importância de outros produtos do ramo de seguros, para além do automotivo, tem tomado novas proporções. É o caso do Seguro Residencial, modalidade até então pouco procurada pelos consumidores, mas que vem ganhando força nos últimos meses em resposta à necessidade do isolamento social. Considerando os meses de março, abril e maio deste ano, a busca pela proteção teve alta de mais de 30% em comparação aos mesmos meses de 2019.
Antes da pandemia, os dados mostravam que apenas 14% das residências brasileiras eram seguradas. No Nordeste, esse número caia para 5%. “Em contrapartida, sabe-se que o Brasil é um dos países com maior incidência de raios, que pode causar danos à rede elétrica e, consequentemente, aos eletrodomésticos. Também temos visto, constantemente, casos de incêndios em residências, causados por vazamento de gás, sobrecargas de energia ou até mesmo explosão de uma panela de pressão, por exemplo”, explica Carlos Wendell, diretor do Sindicato das Seguradoras Norte e Nordeste (Sindsegnne).
Segundo o executivo, a grande maioria dos danos comuns em casas e apartamentos seriam facilmente sanados caso o dono do imóvel ou inquilino tivesse contratado um Seguro Residencial. “Ainda existe, porém, uma errada percepção por parte da população de que este produto pode ser caro e não caber no orçamento das famílias brasileiras”, afirma Wendell. Porém, com boa parte das pessoas trabalhando em home office durante a quarentena, aparece a necessidade de ter o apoio em serviços emergenciais, para poder contar com auxílio profissional em problemas domésticos corriqueiros.
“Muita gente percebeu que, em grande parte das vezes, o valor total do Seguro Residencial custa quase o mesmo, ou até menos, do que chamar uma única vez o chaveiro, por exemplo, pois a média cobrada pelo serviço com uma empresa terceirizada de assistência é de R$ 50 a R$ 160 por atendimento. Já a contratação de um Seguro Residencial, a depender do tipo de habitação, localização, coberturas e serviços optantes, pode custar em torno de R$ 300 por uma vigência anual, com possibilidade de parcelamento. Ou seja, custa menos de R$ 1 por dia”, explica o diretor, frisando que, além do custo-benefício, o cliente tem ainda a segurança da indicação de um prestador de serviço com a garantia de ter uma companhia de seguros séria por trás.
A flexibilização da cobertura, de acordo com perfil do contratante, é outro diferencial do Seguro Residencial. Além de possibilitar a realização de serviços emergenciais, como eletricista, encanador, chaveiro, reparos de linha branca (geladeira, fogão, máquina de lavar roupa e outros) e linha marrom (televisores, aparelhos de áudio e vídeo, etc), existem proteções adicionais como o Seguro de Responsabilidade Civil, que tem por finalidade garantir a indenização ao segurado por danos, não intencionais, corporais e/ou materiais causados a terceiros, cobertura de serviços pet e Help Desk, para suporte e manutenção remota de equipamentos de informática.
Segundo Carlos Wendell, as possibilidades de assistência de um Seguro Residencial são inúmeras. O indicado é que a pessoa interessada consulte um corretor de seguros para identificar qual produto mais se adequa ao seu perfil, tipo de residência, estilo de vida, etc. “O brasileiro têm a cultura de proteger, primeiramente, o carro, mas esquece da importância de proteger o lar, que possui um valor mais alto, até, do que o de um veículo. E principalmente agora, nossa casa tem sido refúgio, escritório, escola das crianças, espaço de exercício físico e meditação, área de lazer… Ou seja, é onde estamos passando mais tempo. O Seguro Residencial se encaixa perfeitamente como um elemento que reduz o risco e traz no seu bojo toda proteção necessária para enfrentar os infortúnios do dia a dia”, finaliza.